Se a vacina não chegar, segunda onda da Covid-19 no Brasil começará em março Por CLAYTON BURGATH Postado em 21 de setembro de 2020 0 AGÊNCIA REBOUÇAS- Rua: José Afonso Vieira Lopes, 303 - Centro, Tel (42) 3457-1100 Os casos de Covid-19 devem diminuir a partir de outubro no Brasil e no Hemisfério Sul, em razão da proximidade do verão. Ao mesmo tempo, a chegado do inverno no Hemisfério Norte poderá provocar aumento dos registros da doença. Análise da Universidade Federal Fluminense indica que infecção por coronavírus segue a mesma sazonalidade de outras doenças respiratórias, como H1N1 e gripe influenza. O coordenador do estudo na universidade, professor Marcio Wanatabe, explicou em entrevista à Agência Brasil que existe um período do ano em que transmissão dessas doenças é maior e, no Brasil, isso ocorre entre o outono e o inverno. A sazonalidade costuma ser confirmada após alguns anos de incidência, quando é possível acumular dados das taxas de contágio e internação. No entanto, com a Covid-19, em menos de um ano já foi possível identificar os picos da doença, em razão da grande quantidade de informação produzida por diversos países durante a pandemia. De acordo com o professor Watanabe, os modelos matemáticos mostram que a segunda onda do coronavírus no Hemisfério Norte será ainda mais forte que a primeira. A estimativa se baseia no fato de a primeira onda ter se iniciado no fim do período sazonal e logo ter sido interrompida, senão teria sido tão forte como a do Brasil. Já a segunda onda da doença no Hemisfério Sul e em território brasileiro terá menor intensidade e deverá começar a partir da segunda metade de março do ano que vem, afirma o pesquisador. Ele também acredita que é possível que ela nem ocorra, se a vacina contra a Covid-19 já estiver disponível para a população.