Criminosos expõem privacidade de milhões de brasileiros e vendem dados por R$ 200 Por CLAYTON BURGATH Postado em 6 de dezembro de 2021 0 AGÊNCIA REBOUÇAS- Rua: José Afonso Vieira Lopes, 303 - Centro, Tel (42) 3457-1100 Dados de milhões de brasileiros, inclusive autoridades do governo e políticos, são comercializados por 200 REAIS por cibercriminosos. As informações completas, inclusive com documentos de identidade, CPF, telefone e endereço foram extraídas de sites da Receita Federal, da Polícia Federal, do Sistema Único de Saúde (SUS), INSS, e de empresas de crédito. As páginas criminosas expõem desde cidadãos anônimos, como autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. (continua após publicidade) Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 67) Entre os que tiveram a privacidade invadida e exposta em sites para quem paga uma mensalidade em torno de 200 reais, estão ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Dias Toffoli; o governador de São Paulo, João Doria; e até o presidente Bolsonaro. As informações são organizadas em painéis, como fichas cadastrais, acessadas por meio de login e senha. O documento obtido de forma ilegal inclui nomes de parentes, renda salarial, foto e até assinatura. Alguns casos informam se a pessoa recebe algum benefício social. (continua após publicidade) Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 67) A ousadia dos bandidos é tamanha que não utilizam nem a deep web – rede oculta do sistema www e mais difícil de ser rastreada – mas usam o comércio escancarado em redes sociais, em conversas pelo Facebook, por exemplo. De acordo com Roseli Soglio, advogada criminalista e professora de direito e processo penal, tanto quem vende como quem compra esses bancos de dados cometem crimes. Podem ser enquadrados nos artigos 153 e 154 do Código Penal, que tratam da divulgação de conteúdo particular e invasão de dispositivos digitais. Roseli Soglio explicou à Folha de São Paulo, que o acesso por meio de senhas de funcionários dos órgãos públicos também implica em crime de peculato por parte dos servidores. Um dos agravantes do vazamento dos dados é que ao cruzar informações da Receita Federal, INSS e de empresas de crédito, como a Boa Vista, é possível estimar valores de empréstimos que podem ser liberados em nome das vítimas, com desvio do dinheiro aos criminosos. Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 66)