Vereador de Guarapuava é denunciado pelo MP-PR por suspeita de esquema de ‘rachadinha’ Por CLAYTON BURGATH Postado em 7 de outubro de 2022 0 O vereador de Guarapuava Sidão Okeiko, do União Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelos crimes de associação criminosa, concussão, lavagem de dinheiro e coação a partir da suspeita de um esquema de “rachadinha”. Além dele, o órgão também ofereceu denúncia à esposa e ao irmão do parlamentar. Conforme documento, o trio criou um sistema de recebimento de parte dos vencimentos de servidores sob ameaça de exoneração. Eles foram alvo de uma operação do MP-PR em maio. As investigações, segundo o MP-PR, mostraram que pelo menos duas servidoras públicas entregaram valores em espécie ou produtos alimentícios à esposa de Sidão sob ameaça, em um total de R$ R$ 2.060. O advogado do parlamentar e dos outros dois denunciados, Marinaldo Rattes, afirmou que “os fatos narrados pela acusação, por si só, carecem de veracidade, pois é necessária a garantia da ampla defesa e do contraditório”. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE Disse, ainda, ser “temerário imputar qualquer um dos crimes elencados na denúncia ao vereador” e “controversa” a questão da ameaça uma vez que a servidora continua na função comissionada. Na nota, a defesa ainda destacou que em caso de denúncia recebida pela Justiça, vai provar no processo a origem e destinação dos valores. No documento de denúncia, o MP-PR ainda solicitou que o vereador, a esposa e o irmão sejam condenados a devolver o valor recebido no esquema com juros e correção monetária. Conforme denúncia do Ministério Público, a atuação do grupo iniciou logo nos primeiros meses de mandato de Sidão, com a ajuda da esposa e do irmão. No esquema, segundo o órgão, eles solicitavam mensalmente a assessores vinculados ao gabinete ou indicados por ele ao Poder Executivo valores em espécie ou em cestas básicas. O documento afirma que a esposa do parlamentar assediava as vítimas para que repassassem o dinheiro e não contassem a ninguém. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE O MP-PR ainda afirma que elas eram ameaças de exoneração para aceitarem a condição e que a situação foi identificada em pelo menos 14 situações entre fevereiro de 2021 e abril deste ano. Os valores repassados em espécie eram depositados e transferidos para a conta do irmão do vereador, segundo o Ministério Público. O órgão afirma que isso foi feito para dissimular o verdadeiro destinatário do dinheiro. (G1/PR)