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Você realmente sabe o que é uma ditadura?

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A invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, no dia 8 de janeiro, vai ficar marcada na história do país como uma tentativa de golpe contra a democracia brasileira. Bolsonaristas que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas insistem em desafiar o Estado na tentativa de gerar caos. Mas esses radicais entendem o que é um estado de exceção?
Quem lutou contra os anos de chumbo que duraram 21 anos o Brasil sabe bem o que é um período como esse. Com manifestações que não chegaram jamais perto de uma invasão da sede dos poderes militantes de esquerda foram torturados,  e os que sobreviveram carregam marcas em suas vidas até hoje.


Gilberto Natalino é médico, ambientalista e ex-vereador de São Paulo por cinco mandatos. Ele participou dos movimentos contra a ditadura assim como Ivan Seixas, ex-preso político e coordenador da comissão estadual da verdade de São Paulo.

Nataline e Seixas foram torturados da década  de 1970,  por Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar reconhecido como torturador pela justiça brasileira e constantemente lembrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ditadura não punia apenas adultos. As crianças também eram vítimas. Edson Teles, filho de Amelinha Teles e César Augusto Teles, presos e torturados por Ustra, tinha quatro anos quando seus pais foram presos. Ele e a irmã Janaína, a época com cinco anos foram levados juntos.
Edson Teles lembra que Ustra pegou em sua mão e o levou para ver os pais em uma cela.

Hoje aos cinquenta e cinco anos Edson é coordenador do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da UNIFESP. A pesquisa principal é a análise das ossadas retiradas da vala de Perus criada pela ditadura.
Edson é enfático ao dizer que os movimentos contra o regime militar nunca chegaram perto da depredação de domingo.

Cláudio Couto, cientista político da Fundação Getúlio Vargas. os bolsonaristas creem que o regime militar seria algo que os protegeria.

Couto vai além e afirma que Bolsonaro tem interferência direta nos atos criminosos.

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade afirmou que durante a ditadura quatrocentas e trinta e quatro pessoas morreram ou desapareceram. No entanto estima-se que esse número pode ser muito maior. O indicativo disso é a vala de Perus que foi revelada, no dia 4 de setembro de 1990, no cemitério Dom Bosco, em Perus, na Zona Oeste de São Paulo. Ela foi criada por agentes do estado durante a ditadura militar. No total foram encontrados mil e quarenta e nove sacos com ossadas de pessoas enterradas como intingentes
ou com nomes trocados.

fonte: Agência Rádio Web

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