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Meu filho não quer ir à escola, e agora?

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A educação é um dos pilares mais importantes da vida e a escola, portanto, tem papel fundamental na rotina de todos. Afinal, é ali que desenvolvemos habilidades, conhecimentos e valores que nos preparam para os desafios da vida adulta.
No entanto, por vezes, nem todas as crianças se sentem confortáveis ou motivadas a frequentar a escola. E não é incomum os pais se depararem com a recusa explícita por parte dos filhos de ir até a instituição de ensino.
Filipe Colombino, psicólogo aborda e repassa orientações sobre esse tipo de comportamento nas crianças.

Portal: Filipe, como os pais podem enfrentar o desafio de motivar seus filhos a encarar os estudos com determinação?

Filipe Colombini: Enfrentar esse desafio demanda paciência e estratégia. É crucial ir além de simplesmente transmitir a importância do conhecimento. Os pais precisam desenvolver a capacidade de lidar com resistências, problemas e ajudar na regulação emocional dos filhos.

Portal: Desde os primeiros passos na escola, a missão dos pais é preparar os filhos não apenas para o dia a dia acadêmico, mas também para as complexidades emocionais. Como isso pode ser alcançado?

Filipe Colombini: Exatamente. As crianças devem ser ensinadas a desenvolver habilidades emocionais para enfrentar os desafios da jornada acadêmica. Isso envolve aprender com os erros, desenvolver a capacidade de enfrentar problemas e, acima de tudo, promover a regulação emocional.

Portal: Quais estratégias você indica para lidar com a resistência das crianças aos estudos?

Filipe Colombini: Primeiramente, é essencial procurar as causas por trás da falta de interesse. Pode ser desde falta de hábitos de estudos até fatores psiquiátricos e comportamentais. Uma avaliação comportamental é fundamental. Além disso, é crucial avaliar se há queda no desempenho acadêmico, pois isso pode indicar problemas emocionais que exigem uma comunicação próxima e, em alguns casos, ajuda especializada.

Portal: Como os pais podem motivar efetivamente seus filhos nos estudos?

Filipe Colombini: Uma abordagem eficaz inclui o uso de técnicas comportamentais, como recompensas, gamificação e sistemas de pontos. Envolvimento ativo dos pais no processo, criando um ambiente agradável e mostrando a aplicação prática do conhecimento na vida cotidiana, pode trazer bons resultados.

Portal: O diálogo é fundamental em qualquer relação. Como os pais podem manter uma comunicação aberta e receptiva com seus filhos em relação aos estudos?

Filipe Colombini: Manter uma comunicação aberta é crucial. Criar um ambiente onde a criança se sinta à vontade para expressar seus sentimentos em relação à escola ajuda a compreender suas preocupações e anseios. O diálogo constante estabelece uma base sólida para o entendimento mútuo.

Portal: Por fim, qual é o papel do ambiente doméstico na motivação acadêmica das crianças, e que mudanças os pais podem fazer para influenciar positivamente o comportamento dos filhos em relação aos estudos?

Filipe Colombini: O ambiente doméstico desempenha um papel crucial. Mudanças, como criar um cantinho personalizado de estudos, podem ser um estímulo significativo. Incentivar hábitos saudáveis de estudo, como pausas, organização e metas realistas, contribui para o desenvolvimento acadêmico das crianças.

Filipe Colombini é um renomado psicólogo e fundador da Equipe AT, uma empresa especializada em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, atuando em São Paulo desde 2012. Como CEO, ele é especialista em orientação parental e atendimento a crianças, jovens e adultos, com ênfase em Clínica Analítico-Comportamental. Possui mestrado em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e é professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico no Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Além disso, Filipe Colombini é professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT, com formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.
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