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Daniel Ferreira Filho: 25 anos dedicados ao ofício funerário em Rebouças

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Além dos Vivos: Experiências sobrenaturais e emoções intensas desse profissional

por: Clayton Burgath, jornalista

Daniel Ferreira Filho, agente funerário com 25 anos de atuação na cidade de Rebouças, compartilhou sua jornada profissional e sua relação com a comunidade local. Natural de Irati.

A entrevista com Daniel, proprietário da Funerária Cristo Rei, retrata sua trajetória na cidade de Rebouças, onde ele estabeleceu suas raízes profissionais e pessoais; e já sepultou mais de 2.500 pessoas.

Daniel iniciou na profissão por acaso, fazendo um favor para um amigo que tinha uma funerária na vizinha cidade de Irati.

“Lembro de que ele precisava que alguém ficasse de plantão lá, naquela noite. Imagine, eu à época tinha medo de urna funerária (risadas). Mas bastou apenas uma noite dormindo no mesmo local (junto aos caixões), e vi que essa seria minha profissão”, relembra Daniel.

Em Rebouças, ele chegou à cidade em 7 de setembro de 1998, já ingressando nesse ramo. “Iniciei aqui em um imóvel no prolongamento da Rua Professora maria Assunção, qual era de propriedade do senhor Antonio Burgath (in memória). Pessoa bastante conhecida e influente na cidade. Ele me ajudou, apresentando para as pessoas aqui”, lembra Daniel.

Uma trajetória dedicada ao ramo funerário

Posteriormente, o agente funerário percorreu diferentes estabelecimentos ao longo dos anos, desenvolvendo suas habilidades e proporcionando serviços de qualidade à população.

Após seis anos, já estabelecido na Rua Abdala Miguel Sarraff; depois para a Rua José Afonso Vieira Lopes. Atualmente está há quadro anos, com sua empresa, na Travessa Alexandre Skrovonski (próximo ao Banco do Brasil).

A experiência adquirida em duas décadas e meia nesse setor o permitiu realizar seu sonho de adquirir um imóvel próprio, com mais de 300 m² de área construída, e que contará com espaço amplo e moderno para a funerária, além de sala de preparo, setor administrativo, e uma sala comercial em anexo, onde sua esposa continuará atuando com sua atividade profissional (manicure). “Iremos residir na parte superior do imóvel, até para facilitar os atendimentos”, diz Daniel.

O imóvel próprio (em fase final de conclusão) da Funerária Cristo Rei, será próximo ao Estádio Municipal, no prolongamento da Travessa Alexandre Skrovonski.

Os desafios enfrentados durante a pandemia

Durante a entrevista, Daniel compartilhou as dificuldades enfrentadas durante a pandemia de COVID-19, quando o setor funerário foi sobrecarregado com o aumento do número de óbitos. Daniel lembrou a angústia e o trauma vivenciado ao lidar diretamente com os falecimentos causados pela doença, além do medo de contrair o vírus e passá-lo para seus familiares “Lembro de várias vezes chegar em hospitais, em alas separadas para covid, e lá estavam pessoas tentando respirar, e ao lado corpos aguardando remoção. Isso por conta do grande volume de atendimentos que a pandemia causou. Conheço colegas que acabaram adoecendo mentalmente; por situações que vivenciamos naquela fase”, pois também somos seres humanos”, frisa ele.

Experiências sobrenaturais e emoções marcantes

O agente funerário Daniel mencionou com convicção que lidar com a morte frequentemente o coloca diante de experiências sobrenaturais. Ele recordou algumas ocorrências que o fizeram presenciar coisas, que ele classifica como sobrenaturais.

“Uma dessas ocasiões ocorreu durante uma viagem de madrugada, retornando de Curitiba. Acompanhado por um amigo cujo tio havia falecido, eu estava dirigindo pela estrada de Palmeira quando vi um homem moreno correndo ao lado do carro funerário. Ele estava trajando apenas uma camisa e calção.  Repentinamente aquele homem atravessou-se à frente do carro. Eu, no ímpeto de evitar um acidente, freei bruscamente e quase tombei o carro. No entanto, para minha surpresa,  e do rapaz que estava comigo, percebemos de que não havia nada!”, relembra. Para Daniel, não restava dúvida de que havia presenciado algo sobrenatural.

Outro episódio intrigante ocorreu em um necrotério (de um hospital), onde Daniel e seu ajudante estavam trabalhando em uma madrugada silenciosa. “Subitamente, ouvimos batidas na porta e, ao abri-la, vimos uma criança que, misteriosamente, desapareceu logo em seguida”. Essa experiência inexplicável deixou a ambos perplexos, mas Daniel e seu auxiliar concordaram que não havia explicação lógica para o que presenciaram a não ser algo sobrenatural.

Além disso, Daniel compartilhou uma história emocionante envolvendo um  cidadão que havia falecido. “Era inverno, e fui atender esse caso. Quando cheguei no local, o corpo já estava rígido. Lembro de que os policiais que estavam no local, disseram que seria difícil remover o corpo (pelo estado de rigidez que se encontrava). Eu disse não! Eu vou conversar com ele (a pessoa falecida). Cheguei próximo e lembro que disse à pessoa, a qual era minha conhecida: me ajude que eu te ajudo, só queremos que você tenha um enterre digno. De maneira surpreendente, o corpo pareceu “ouvir” as palavras, flexionando pernas e braços, permitindo que ele fosse preparado para um velório respeitoso”, narra Daniel.

Essas são algumas, das várias experiências sobrenaturais que deixaram uma marca profunda em Daniel. Ele mencionou que lidar com mortes trágicas, especialmente envolvendo crianças, são muito difíceis, e afetam as emoções até mesmo de profissionais como ele, com vários anos de experiência. No entanto, ele também enfatizou que seu trabalho como agente funerário exige força emocional e compaixão para apoiar as famílias enlutadas. “É um momento que a família está fragilizada e aceitará tudo o que você disser. Portanto, você tem de ser extremamente ético, e ter compaixão pelo próximo”, frisa ele.

Apesar de todas as experiências enigmáticas que enfrentou em seu trabalho, Daniel continua a atuar como um profissional respeitado em Rebouças. Para ele, essas experiências serviram como lembretes constantes de que o sobrenatural pode, de fato, fazer parte de nossa realidade, tornando sua jornada como agente funerário ainda mais desafiadora e repleta de aprendizados.

A mensagem para Rebouças

Daniel agradece à cidade de Rebouças por tê-lo acolhido há 25 anos e se considera um cidadão honrado, honesto e respeitoso com seus clientes. Ele destaca a importância de escolher um agente funerário, especialmente em momentos de vulnerabilidade emocional das famílias enlutadas.

A história de Daniel Ferreira Filho é um exemplo de dedicação e comprometimento com sua profissão.

Ao longo de seus 25 anos de atuação como agente funerário, ele se tornou uma figura respeitada e querida na cidade, proporcionando serviços de qualidade e oferecendo apoio emocional às famílias enlutadas. Sua mensagem de honestidade, verdade e compaixão, nessa carreira profissional que lida diretamente com a morte e o luto.

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