Mulheres que tomaram a vacina contra a Covid-19 devem esperar para fazer mamografia Por CLAYTON BURGATH Postado em 9 de julho de 2021 1 AGÊNCIA REBOUÇAS- Rua: José Afonso Vieira Lopes, 303 - Centro, Tel (42) 3457-1100 A vacina contra a Covid-19 pode provocar alterações em exames de mamografia e fazer com que mulheres apresentem linfonodos nas axilas. Para evitar preocupações e diagnósticos errados, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) orienta que as mulheres esperem um mês após a vacinação para realizar o exame ou comuniquem o médico sobre a imunização. Os linfonodos, também conhecidos como ínguas, caroços ou gânglios linfáticos, são pequenas glândulas em forma de ‘feijão’, que estão distribuídas por todo o corpo, e que ajudam o sistema imune a funcionar corretamente. Os gânglios logo desaparecem, mas estão levando a indicações desnecessárias de cirurgias e punções. Segundo a Dra. Maira Caleffi, mastologista e presidente voluntária da Femama, a reação pode ser causada por qualquer injeção ou vacina, não apenas pelos imunizantes contra a Covid-19, e não há motivos para se preocupar, pois a aplicação das vacinas é segura. “Não há motivo de preocupação porque é um efeito colateral da vacina, principalmente no braço em que foi feita a aplicação.” A recomendação, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Dr. Vilmar Marques, é que a mulher que esteja em fase do rastreamento do câncer de mama faça a mamografia antes de tomar a vacina. Caso já tenha tomado, o ideal é que ela espere pelo menos quatro semanas depois da segunda dose para realizar o exame mamográfico. “Este período é o suficiente para que esse linfonodo reduza de tamanho e não apareça no exame. Desta forma não acarretará nenhum ônus para esta paciente na interpretação do seu exame.” 56,8% dos imunizantes contra a Covid-19 no Brasil foram destinados a mulheres. A Femama também esclareceu que as vacinas contra a doença não provocam câncer de mama nem facilitam a descoberta do coronavírus, ao contrário do que dizem notícias falsas que circulam na internet.
