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REBOUÇAS: Hospital local. Desafios financeiros: O dilema da conta que não fecha

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AGÊNCIA REBOUÇAS- Rua: José Afonso Vieira Lopes, 303 - Centro, Tel (42) 3457-1100

Damos sequência a nossa série de reportagens sobre  o custo operacional de um hospital filantrópico, e a constante busca pelo bom atendimento à população. Tomamos por base o Hospital de Caridade Dona Darcy Vargas, na cidade de Rebouças (veja primeira parte da matéria aqui).

Levando-se apenas como base, um pernoite em um hotel, onde a pessoa apenas chega para dormir, tomar banho e um café da manhã, ela paga no mínimo R$ 150,00 a diária; se tomarmos como parâmetro dois dias o total será de R$ 300,00.

No entanto, no contexto hospitalar, o atendimento ao paciente envolve uma série de profissionais e recursos que ultrapassam em muito o custo de uma diária.

No exemplo da paciente Maria, citada na primeira parte da reportagem,  que foi admitida para observação no Hospital, gerou uma complexidade de gastos que vão além do valor total de duas diárias em um hotel (R$ 300,00).

Primeiramente, há os custos de materiais e medicamentos, que são cobertos, em parte, pelo SUS, mas ainda geram uma fatura a ser recebida pelo hospital. Esses valores com a paciente Maria, se somam ao custo dos exames, que são fundamentais para o diagnóstico e tratamento adequado da paciente, totalizando R$ 179,52 apenas no período de observação.

Porém, o montante não para por aí. Essa complexa engrenagem de atendimento gera custos operacionais significativos, que não se resumem ao valor pago por uma hospedagem em um hotel, mas sim a um conjunto de recursos que visa oferecer um atendimento de qualidade e cuidado com o paciente.

**Desafios Financeiros no Setor Hospitalar: O Dilema da Conta que Não Fecha**

Apesar de estabelecer convênio com o município, ter alguns associados voluntários e contar com alguns convênios com outras esferas, os custos mensais de operação se tornam um desafio financeiro constante para o hospital local.

O Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta questões de defasagem na chamada Tabela SUS. Essa tabela estabelece os valores pagos pelo governo federal para procedimentos médicos, exames e outros serviços prestados pelos hospitais públicos e filantrópicos.

Assim, os recursos provenientes dos serviços prestados acabam sendo insuficientes para cobrir as despesas do hospital, o que cria um desequilíbrio financeiro, pois mesmo havendo convênios, o volume de atendimentos é grande, e demanda do uso de toda uma estrutura; o que geram gastos. O resultado disso é que, mesmo com a prestação de um serviço essencial para a comunidade, a conta mensal do hospital precisa ser paga de alguma forma.

“Essa situação coloca as instituições de saúde em uma posição delicada, em que precisam encontrar formas de equilibrar suas finanças para continuar operando e oferecendo atendimento de qualidade aos pacientes”, comenta o diretor do Hospital, márcio José Gobor.

A citação do diretor ganha embasamento ao observarmos os valores pagos à entidade, pelo SUS; valores que se tornam totalmente  insuficientes para suprir o mínimo necessário para se oferecer um atendimento de qualidade (ver tabela SUS abaixo). “Mesmo assim, o hospital busca oferecer o melhor atendimento possível, seja operacional, quanto humano”, frisa o diretor.

TABELA SUS :

Na próxima reportagem, iremos abordar:

**O Trabalho Sobre-humano dos Profissionais de Saúde no Hospital Dona Darcy Vargas**

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